Nosso tempo
Nosso Tempo – Paulo Roberto Gaefke
Chega então o dia, em que a “Divina Providência“,
pergunta para cada ser humano,
o que ele tem feito das horas que lhe foram confiadas,
e nos pegamos irremediavelmente diante de lembranças marcantes,
de momentos que gastamos bem o nosso tempo,
que chamamos simplesmente de “felicidade”
e voltamos numa viagem emocionante por trechos que gostamos de ver e rever…
Mas, entre cada momento de felicidade vivido, existem alguns,
onde nos deparamos com problemas, que são às respostas aos nossos sentimentos,
concretizações das nossas atitudes, colheita do que semeamos,
e nos vemos desesperados, por vezes, achando que “é o fim de tudo”,
que não existe mais caminho ou solução…
Essas, são as horas infrutíferas, que jogamos no “rio do tempo perdido”,
onde gastamos nossas energias na lamentação.
Deixamos a “vida” escorrer pelo ralo fácil da reclamação,
buscamos a todo custo “achar um culpado, ou culpados pelo nosso fracasso”.
E se não encontramos a resposta que buscamos,
se não aceitamos a nossa parcela de culpa,
ou simplesmente assumimos toda essa culpa, que nem existe,
caímos em depressão, sem forças para sequer pensar e buscar ajuda.
E o tempo passa…
O relógio não espera o seu sorriso,
não espera a sua melhora, a conquista do que você julga importante.
O importante é você estar aqui!
O importante é poder mudar a direção da sua vida
na hora em que decidir ser feliz com o que já possui,
e não com o que espera conquistar.
Quase tudo se pode juntar!
Ouro, jóias, dinheiro, carros, imóveis, amigos, esperanças, e quem sabe, um dia usar quando bem precisar.
Alimentos já podem ser congelados para serem aproveitados muito tempo depois.
Águas podem ser represadas, cisternas podem ser construídas,
e até o “sêmen” pode ser armazenado para gerar vidas bem depois da morte do doador.
Mas não se iluda!
Nós não podemos guardar o tempo.
Ele continua seguindo a sua jornada,
independente do dia, da temperatura, do local,
de quanto você possui no banco ou no bolso,
se tem dívidas, nome “sujo”, amor correspondido ou não.
Ele segue sua marcha observando cada um de nós,
que temos a possibilidade de gastar nossas horas
na construção de um “tempo melhor”,
servindo uns aos outros na medida das nossas “CAPACIDADES”,
ou perdendo preciso tesouro na mesquinharia de querer tudo para si mesmo,
pisando em pessoas , humilhando, agredindo,
tirando até a vida que não lhe pertence.
É para você que a “Divina Providência” pergunta agora:
– O que você tem feito do seu tempo?
Sua resposta é o retrato da sua vida.
Mudar ou continuar, só depende de você!
Seja feliz, enquanto durar o seu estoque de tempo…
“Então, compreenderás, por fim, que o tempo é vida”
(Emmanuel – Agora é tempo – Francisco Cândido Xavier)
Paulo Roberto Gaefke
[email_link]