Inversão de valores
Tenho a nítida impressão de que as pessoas invertem os valores para poder perseguir algum objetivo que não está ainda muito claro.
E assim, os carros passam a ter mais valor que os pés, e deixamos de andar para sermos carregados.
As casas tem mais importância que os moradores, e muita família vive em brigas por causa do espaço e da desordem.
O celular é prioridade quando toca, mesmo que isso signifique arriscar a própria vida.
O álcool é uma convenção, quem não bebe é visto como E.T.
Será que é a extrema carência e esse sentimento de “primeiro eu” que assola as pessoas e nos tornam tão individualistas e tão necessitados de companhia que causam um choque no nosso ser, pensar e agir?
Nunca se viu tanta facilidade para a comunicação e tem filho que não vê o pai há mais de 10 anos. Tem irmão que não se fala morando na mesma casa. Tem casal (não se espante!), marido e mulher que são dois desconhecidos, e tem muito ladrão que antes de sair de casa para o seu “trabalho”, faz o sinal da cruz e pede proteção…
Seria cômico, não fosse tão trágico.
Inversão de valores…uma questão que cada um deveria refletir diariamente e fazer pequenas trocas, deixar um pouco de lado esse medo de ser feliz com a simplicidade, deixar de ostentar o que não temos, o que não somos e o que nem queremos ser.
É tempo de simplesmente ser.
Fácil assim, é só começar.
Que tal uma caminhada pelas ruas agora mesmo?