Machucando-se
A vida, assim como uma moeda, sempre tem duas faces, duas respostas, dois caminhos, duas soluções no mínimo para cada problema. Todos nós sabemos disso. Todo mundo tem um recado nesse sentido, mas parece que na hora que o nosso calo aperta, esquecemos o bom senso, os conselhos, as dicas e até o que já aprendemos.
Quando a dor é nossa, a razão desaparece, o desespero toma conta e o cérebro entra em pane. Somos puro coração e emoção, o que acaba muitas vezes complicando ainda mais a situação que nem sempre é tão grande quanto imaginamos.
Primeiro, quando a dor é nossa, é nossa e não tem para ninguém, dificilmente queremos dividir nossa dor, queremos sentir com gostinho aquela dorzinha tão intima, tão particular…(ta rindo?)
Veja como exemplo uma amiga minha arrumou um belo namorado, o fino da grossura, bebe que nem “cachorro velho”, fuma feito chaminé (só cigarro importado do Paraguay), e machista ao extremo, em menos de um mês de “romance” ele já deu uns dois tabefes na cara dela, já foi visto com outra mulher por pelo menos dez amigas dela, alias, foi uma dessas amigas que me procurou para contar que depois de alertar essa amiga para o “par de chifres” que ela estava ganhando, foi destratada e humilhada. A nossa amiga não quis acreditar e para piorar; ficou com raiva da colega que ela achou que estava apenas difamando o “docinho” dela. Ontem, após levar mais um belo tapa na região do “escutador de samba”, ela me procurou, pasmem vocês, para pedir uma oração que possa acalmar o “docinho”. Ora tenha paciência, docinho é o brigadeiro que eu comi hoje pela manhã.
Esse “problemão” que vai atormentar a nossa ex-amiga (ela ficou com raiva quando eu disse que tinha uma oração para ela abrir os olhos e deixar de ser besta), é apenas um exemplo de nossa cegueira diante das dificuldades da vida. Outro problema que aflige as pessoas e que a cegueira, o desespero só acaba afundando mais são as dívidas. A pessoa, não importa o motivo, está endividada e desesperada para pagar as contas, o que ela faz? Um novo financiamento para pagar as dívidas mais antigas. Depois, procura um agiota para arrumar dinheiro para pagar o financiamento que fez para pagar as dívidas, e acaba se enrolando mais, e mais e mais.
E o desemprego? Esse assusta mais ainda. A pessoa quando ta empregada normalmente se acomoda, acredita que seu cargo é vitalício, as vezes mete bronca no patrão, no chefe, no salário, e nada de buscar o aprimoramento, novos cursos, oferecer idéias para melhorar o setor, oferecer-se para auxiliar em contenção de despesas, vestir a camisa da empresa mesmo. Nada, que nada.. esperamos o dia em que descobrem que qualquer um pode fazer o que nós fazemos, as vezes com salário menor, e vamos aumentar a estatística do nível de desemprego no país.
Quer mais um problema?
As pessoas que adoram acreditar em Papai Noel, ou seja conhecem alguém agora, e acreditam em tudo que a pessoa fala. Esquecem que ninguém vai para um primeiro encontro com a sua pior roupa, com seus defeitos a mostra. Todos nós, nos primeiros encontros, somos gentis, delicados, maravilhosos e sem defeitos. Acredita quem quer, chora quem aceita essa “ilusão”. tem gente que vive se perguntando: porque as pessoas me decepcionam tanto?. A pergunta na verdade é: porque me iludo tanto?
Problemas, problemas.
A vida é uma rosa com diversos espinhos que cabe a nós, com a inteligência que possuímos ir retirando e acrescentando experiências a nossa bagagem. sempre teremos no mínimo duas soluções, dois caminhos, duas sugestões. É necessário uma reflexão, não importa se você tem 12 ou 90 anos, você já tem uma bagagem capaz de decidir pelo bem ou pelo mal, pelo certo ou errado, precisamos apenas não aceitar as “doces vantagens da ilusão”. Seja sério, consciente de que mais do que ninguém, você merece ser feliz, os outros serão felizes também, na medida que perceberem que você se gosta, que você se respeita, que você tem uma individualidade, caráter e vontade de viver no bem.
Para terminar, já que eu falo/escrevo demais, não aceite migalhas da vida. Você não nasceu para ser saco de pancadas, para receber salário mínimo o resto da vida. Entre agora no show do milhão e se precisar, peça ajuda aos universitários sim, mas a decisão final será sempre sua. Pense nisso
EU ACREDITO EM VOCÊ!
Paulo Roberto Gaefke