Sem amor no meio do mundo


Um dia vi que a preocupação do homem muda de acordo com o ambiente em que ele vive e as suas necessidades diárias, assim um beduíno no deserto do Saara, preocupa-se em estar sempre próximo a uma fonte de água, pois a água é um dos maiores e mais raros bens da região onde habita. Já um esquimó, preocupa-se em manter-se próximo a uma comunidade e nos dias em que é possível a caçada, saem em grupos para caçar e armazenar comida, pois esse é o maior e mais raro bem da região.

Nas grandes cidades, os homens buscam desesperadamente manter-se em trabalhos que possam garantir o seu sustento e a cada dia inventam uma nova necessidade, um novo desejo para gastarem o dinheiro que os escraviza. Por causa dessas “novas necessidades diárias” os homens das cidades vivem em um processo de solidão programada, ou seja, cada dia que passa, as pessoas tem mais medo de relacionar-se com alguém. Os amores são tão rápidos e passageiros, que as pessoas já nem se lembram direito do nome da “sua última conquista”, então, o homem das grandes cidades busca viver “um verdadeiro amor” que é o maior e mais raro bem da região.

Seja você quem for, esteja onde estiver, procure viver um pouco mais em grupo, procure informar-se a respeito da sua comunidade, seja no trabalho, na escola ou no seu bairro. Garanta um tempo para conhecer as pessoas, vá com calma, pare de sonhar antecipadamente e ficar imaginando como devem ser as pessoas que deverão te fazer feliz. Acalme seu coração, busque a felicidade nas coisas pequenas, um beijo na boca ou na testa, um sorvete ao cair da tarde, um guaraná com dois canudinhos, andar de mãos dadas sem compromisso…ah! como é bom curtir as coisas “pequenas”. Aproveite mais a vida, dramatize menos os problemas, tem um mundão enorme te esperando para viver.

Eu acredito em você
paulo Roberto Gaefke